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BIOGRAFIA DE

MÁRIO GIBSON BARBOZA

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Nascido em 13 de março de 1918 na cidade de Olinda, Mário faleceu aos 89 anos no dia 26 de novembro de 2007, no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro - Botafogo, onde estava internado há uma semana com falência múltipla dos órgãos. Teve seu corpo cremado no Memorial do Carmo no Caju no dia 27.

Diplomata de carreira, ingressou no Ministério das Relações Exteriores aos 21 anos (1939), mediante concurso. Antes, foi funcionário do Thesouro Nacional.

Por procuração, pois se encontrava nos Estados Unidos, casou com Iolanda e em segunda núpcias com Julia Blacker Baldessari Gibson Barboza. Não deixou descendentes.

 

Mário foi o segundo filho do casal Oscar Bartholomeu Alves Barboza, nascido em Portugal e da pernambucana Evangelina Xavier Gibson, esta filha de Francis e Alexandrina. 

 

Seu pai, português de nascimento (segundo a tradição oral da família), faleceu aos 52 anos de idade deixando três filhos: Murilo, Mário e Oscar (os dois últimos ainda menores). Dono de uma boa situação financeira, Barboza se dedicava a fabricação de bebidas e transporte marítimo de cargas e devido às dificuldades inerentes à administração deste tipo de empresa, sua viúva (tia Vanja), não conseguiu manter os negócios. A família então endividada pelo tratamento médico do Oscar (a tradição oral da família fala em câncer de pele) sobreviveu aceitando hóspedes em sua residência na rua da Aurora, em Recife.
 

Não temos muitas informações sobre a infância de Mário. Noticia publicada no "Jornal do Recife" - edição de 25 de fevereiro de 1930, nos informa que: "no baile a fantasia promovido pelo sr. Fernando Barbosa, em Tigipió (bairro onde a família de sua avó materna tinha muitas propriedades)destacaram-se pela originalidade e bom gosto, Hélio Walcacer (primo de Mário, filho de Doralécio Walcacer e Guiomar Gibson) e Mário Barbosa (com 12 anos de idade)fantasiados de "marinheiros nacionaes".

 

Apesar das dificuldades enfrentadas e já morando em Olinda, Mário, após concluir o Curso Ginasial no Colégio Pernambucano, tradicional educandário pernambucano, conseguiu ingressar aos 14 anos na Faculdade de Direito do Recife e aos 19 anos de idade recebeu o título de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, isso em 1937. Teve como colega de turma, aquele que seria o futuro governador de Pernambuco, Miguel Arraes.

 

Trecho de entrevista de Mário ao Programa de Memória Política da Câmara Federal:

“Formei-me muito novo, com 19 anos de idade. Fui muito precoce em muitas coisas. Com 19 anos de idade era possível naquela época porque não havia o curso intermediário. Havia o curso primário, o curso secundário, ou ginasial, e depois a faculdade. Era possível passar do ginasial para a faculdade simplesmente fazendo um exame de admissão. Como eu acabei cedo, fiz o exame de admissão no mesmo ano e entrei na faculdade de Direito com 14 anos de idade. Foi preciso o conselho reunir-se para aprovar a minha matrícula, porque o limite era 15 anos de idade, mas como eu tinha passado, eles aprovaram, eu entrei, fiz esses 5 anos e voltei.

 

Com 19 anos cheguei ao Rio de Janeiro disposto a ser advogado. Eu pretendia ser advogado. Nunca soube o que é uma vocação diplomática para dizer a verdade. Nem eu sabia direito como era essa história de Itamaraty, eu nunca me interessei por isso. Eu queria ser advogado, mas um advogado que chega sem um amparo, sem uma banca de advocacia para trabalhar, o que faz? Aluga uma salinha? Põe uma placa do lado de fora? Não vai ter cliente nunca, não é? E eu fiquei assim esses 2 anos, procurando saber como poderia me orientar para seguir a carreira de advocacia, indo muito à praia e gostando muito do Rio de Janeiro.” 

 

Quando Mário decidiu migrar para o Rio de Janeiro buscando melhores condições profissionais, foi acompanhado pelo primo Marcílio (vide biografia) e pelo amigo Abelardo, um estudante de Medicina que juntamente com sua mãe, moravam como hóspedes de tia Vanja.

 

Minha mãe (Virgínia Gibson), apesar de ser cerca de 10 anos mais nova que Mário, lembrava-se bem desse tempo e referia-se ao Mário como uma pessoa de hábitos aristocráticos, muito bonito e extremamente vaidoso. Sério, porém muito simpático. Não foi à toa que no Itamaraty recebeu o apelido de Marquês de Olinda.

 

Sobre o amigo dele, Abelardo, mamãe dizia que era muito brincalhão e estava sempre “fazendo graças”.

 


No Rio, Mário procurou a orientação do nosso tio Romeu, também advogado, que conseguiu seu primeiro emprego no Imposto de Renda e o aconselhou a prestar concurso para o Instituto Rio Branco (foi aprovado em 4º. lugar). Tio Romeu na época era uma das referências de nossa família. Ligado a Oswaldo Aranha, de quem foi chefe de gabinete, chegou a ocupar o cargo de Delegado do Thesouro Nacional em Londres, que acompanhava a impressão de nossas cédulas de Cruzeiro (moeda da época) pela Thomas de La Rue Companie.

Marcílio ingressou na aeronáutica onde fez uma brilhante carreira. Vide sua biografia.

 

Abelardo, que abandonou o curso médico, foi trabalhar na Radio Tupi do Rio de Janeiro e tornou-se posteriormente conhecido nacionalmente como Chacrinha. Abelardo também tinha o sobrenome Barbosa mas desconheço qualquer vínculo de parentesco para com o pai de Mário.

 

Em áreas completamente diferentes, os três – Mário, Marcílio e Abelardo, conseguiram muito sucesso nas profissões escolhidas.

 

Como dissemos, Mário era conhecido no Itamaraty como o Marquês de Olinda, por causa de seus hábitos aristocráticos e pelo intenso amor a cidade de Olinda, onde nasceu e morou até os 12 anos de idade. Mesmo morando posteriormente em Recife, ele, neto de Francis, tinha orgulho em ser relacionado como um Gibson de Olinda.

 

Estive com Mário em 1980, no Pamphilli Palace – Roma, quando ele era o nosso embaixador na Itália e se preparava para assumir a Embaixada da Inglaterra. Surpreso com a beleza da casa, principalmente dos afrescos, Mário me advertiu: "Não se impressione, primo. Sou apenas o morador". Já mantinha correspondência com ele, pois em 1975, quando eu estava residindo em Oxford – Inglaterra, ensaiei uma ida à Atenas aproveitando o fato dele como nosso embaixador na Grécia, residir lá. Manifestei meu desejo ao primo e ele imediatamente respondeu concordando e incentivando. Pena que não consegui concretizar esta viagem.

Mário também tinha interesse em genealogia, era um curioso sobre nossas origens e cheguei a fornecer a ele alguns dados que tinha sobre os Gibsons. Na época ele me mostrou um tartan dos Buchanans (que é usado também pelos Gibsons escoceses) e que tinha comprado em uma visita à Escócia com o objetivo de mandar fazer uma saia para sua esposa Júlia. Neste contato pessoal com ele que foi o único que tive, ele manifestou a vontade de comprar e manter a casa que pertenceu ao avô Francis, em Olinda.

No Itamaraty ocupou todos os cargos glamorosos do Ministério, o chamado “circuito Elizabeth Arden”, sonho de todo diplomata.

 

Vejam a trajetória profissional de Mário descrita pelo diplomata Synesio Sampaio Goes Filho, para a revista da Associação dos Diplomatas Brasileiros:

 

“Na nossa Casa, Gibson foi tudo: Ministro-Conselheiro em Buenos Aires e na ONU; embaixador em Viena, Assunção, Washington, Atenas, Roma e Londres; sem falar do Itamaraty no Rio, onde foi Chefe de Gabinete quatro vezes, Sub Secretário-Geral, Secretário-Geral e Ministro de Estado.


Uma carreira única: sempre teve funções de relevo, sempre foi prestigiado pelos chefes e reconhecido pelos colegas. Mas foi a experiência de seu primeiro posto, que o marcou por toda a vida. Serviu por seis anos nos Estados Unidos, na fase das históricas conferências que montaram o sistema das Nações Unidas - durante e após a Segunda Guerra Mundial e seus chefes eram os grandes nomes do Itamaraty de então: Carlos Martins, Leão Veloso, Freitas-Valle e Maurício Nabuco.”

 

Muito mais que um diplomata, Mário foi um estadista, um homem de visão e deixou uma forte marca pelo seu trabalho, que aqui destaco alguns pontos:

 

1.  A extensão do limite territorial de nossa fronteira marítima para 200 milhas por decisão unilateral do Brasil. Enfrentou a pressão engendrada por grandes potências, como os EEUU, a França e o Japão, mas foi graças a este trabalho que o petróleo descoberto nas bacias de Santos, de Campos e outras, pode ser considerado como brasileiro. Aos negociadores que o procuravam com argumentações banais, pouco consistentes sobre a questão das 200 milhas, ouviam dele a recomendação para que ocupassem seu tempo com argumentos menos primários. Apesar de ser reconhecidamente um grande negociador, aplicava quando cabível a autoridade dos pernambucanos, desconcertando e desarmando inquisidores de menor conteúdo;

2.  Mudança do Ministério das Relações Exteriores para Brasília, consolidando ainda mais nossa Capital Federal. Isto obrigou a todas as embaixadas e representações estrangeiras a saírem do Rio para Brasília, hipótese esta que elas apresentavam resistência. Existia resistência até mesmo dentro do Itamaraty e para aqueles que o procuravam informando da impossibilidade de se fazer a mudança na data estipulada, ele respondia: "Se você não mudar dentro do prazo, os empacotadores levarão sua seção!" O prazo foi cumprido.

3.  Independência de nossa política externa que era alinhada aos interesses de Portugal e dos Estados Unidos, voltando-se para os países africanos, sul-americanos e árabes. O Brasil então começou a ser visto como uma liderança no Terceiro Mundo. Foi o mentor da política da "Diplomacia do Interesse Nacional", conhecida também como "Brasil Potência", que rejeitava "tanto os alinhamentos automáticos, quanto o multi-lateralismo reinvindicatório ao estilo do movimento dos países não alinhados dos anos 1960";

4. Em 1966 ao assumir a Embaixada Brasileira no Paraguai, Mário foi recebido com hostilidade pois as relações entre os dois países estavam estremecidas devido ao impasse sobre os limites das Cataratas de Sete Quedas. Hábil negociador, dois meses depois assinou a Ata do Iguaçu na qual o Paraguai reconhecia a propriedade brasileira sobre as Sete Quedas mas em compensação ficava definido que os dois países poderiam aproveitar igualitariamente os recursos hídricos do Rio Paraná para geração de energia. Foi o principal passo para a criação da Itaipu Binacional. Além de resolver o problema energético indispensável para o crescimento do Brasil, solucionou uma pendência de séculos com o nosso vizinho sobre uma área de fronteira. A solução de Sete Quedas - com a criação da futura Usina de Itaipu, azedou então a relação com os argentinos que alegavam que teriam uma série de prejuízos com o represamento do Rio Paraná. Novamente Mário consegue superar o impasse e chegou a um acordo negociando com o chanceler argentino Eduardo MacLoughlin, em Nova Iorque. Por mérito, é considerado como o "Pai de Itaipu";

5.  No plano militar internacional, manteve-se contrário à adesão do Brasil ao tratado de não-proliferação nuclear, incentivando a qualificação tecnológica e construção de uma indústria armamentista nacional. A especialista Cintia Vieira Souto, neste aspecto, classifica a gestão de Mário Gibson frente ao Ministério das Relações Exteriores como uma ruptura com as posições internacionais assumidas pelos governos militares anteriores;

6.  Ainda como Ministro das Relações Exteriores, realizou uma viagem à África visitando 09 países: Costa do Marfim, Gana, Togo, Daomé, Zaire, Gabão, Camarões, Nigéria e Senegal. Foi o chamado "périplo africano". Com esta aproximação Mário buscava resultados tanto comerciais, quanto políticos. O Brasil vivia o chamado "milagre econômico" e o parque industrial brasileiro, em ascensão, necessitava de superavits comerciais, precisando expandir suas fronteiras. Além do que, o apoio de alguns países à ampliação de nossas milhas de mar territorial era de importância vital.  Foi a chamada "diplomacia do interesse nacional", na qual relegava ao segundo plano os interesses das outras nações as quais historicamente o Brasil estava atrelado, tais como Estados Unidos e Portugal, em privilégio dos interesses nacionais.

 O alinhamento político que o Brasil mantinha com Portugal até então, era mal visto e criticado pelos países africanos que chegaram ao ponto de incluir o Brasil numa "lista de países recomendados a sofrer sanções diplomáticas e econômicas devido ao apoio a Portugal e à África do Sul".  Este alinhamento também implicava em limitações à autonomia na condução diplomática brasileira, com o que Mário não concordava.

Como responsável pela "política africana" do governo Médici, mesmo enfrentando opositores dentro do próprio Governo contrários a esta nova postura do Brasil, Mário Gibson Barboza manteve conversações com Portugal em busca de saídas para a crise na África. Pregava a "descolonização pacífica" do continente. Em janeiro de 1973, alertou o representante da chancelaria portuguesa, Rui Patrício, para o fato de que alguns Chefes de Estado africanos estavam analisando uma intervenção armada em Angola caso Portugal não aceitasse negociar sua independência. E o recado foi seguido de uma ameaça: se a situação persistisse inalterada, o Brasil votaria contra Portugal na ONU. Mas infelizmente o Brasil não chegou a efetivar a ameaça feita ao chanceler português e nunca houve durante sua gestão como Ministro do Governo Médici, uma condenação formal brasileira ao colonialismo português. Venceram os opositores da "Politíca Africana" que tinham no Ministro Delfim Neto sua mais influente referência. Este apoio incondicional que o Brasil dava a Portugal comprometeu os resultados de sua política de aproximação com os africanos, mas não a anulou. 

 

Como Secretário Geral do Itamaraty, Mário teve ainda influência decisiva na solução pacífica do seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick por revolucionários brasileiros, fato que contrariou a opinião de alguns setores reacionários que desejavam aproveitar-se de um possível desfecho infeliz do caso para ainda mais, radicalizar a questão política do Brasil.

 

Sua participação também foi decisiva para o desfecho feliz no caso do sequestro de nosso cônsul no Paraguai. Como ministro na época, não só conduziu o caso habilmente do ponto de vista político e diplomático, como também na arrecadação de 1 milhão de dólares (parece que posteriormente os sequestradores reduziram este valor), destinado ao pagamento do resgate exigido pelos Tupamaros pela liberdade do cônsul brasileiro em Montevidéu - Aloysio Dias Gomide, que tinha sido sequestrado por este grupo, em 31 de julho de 1970. Um agente americano, Dan Mitrione, também sequestrado nesta mesma operação foi "justiçado" por eles. O Governo brasileiro de então (Garrastazu Medici) e o Governo uruguaio (Pacheco Areco) recusaram-se a negociar com estes guerrilheiros e a solução encontrada pelo Mário foi "extra oficial", "independente". O valor do resgate foi negociado e conseguido aparentemente através de uma ampla campanha desenvolvida no Brasil, capitaneada pela esposa do Gomide e desenvolvida junto ao povo, com o objetivo de angariar fundos.

O apresentador Chacrinha - amigo de juventude do Mário, teve papel decisivo na criação do clima de "comoção popular" - necessário, como também na arrecadação deste numerário. O primo Marcílio Gibson, dono da TABA (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica), atendendo a apelo do Mário não só contribuiu com a campanha como também sensibilizou outros empresários amigos. O Governo Militar Brasileiro e o Governo Paraguaio, pressionados pelo "clamor popular" decorrente da campanha, além de fazerem "vistas grossas" à arrecadação, permitiram a remessa do dinheiro para o Uruguai. Mário nunca deu crédito a si mesmo por esse resultado e sempre falava que este sucesso tinha sido conseguido pela esposa do cônsul Gomide.

 

Anos depois, estive com Aloysio Gomide em Miami - Flórida, onde ele era nosso Cônsul e ele me confessou a gratidão que tinha ao Mário pelo desfecho do caso. Fez questão de me demonstrar que Mário tinha sido o grande articulador da questão.

 

Ao deixar o Ministério, depois de ter sido Ministro das Relações exteriores de 29 de outubro a 14 de março de 1974, ainda vigorando o Governo Militar, Mário pleiteou o cargo de Governador de Pernambuco (que na época era preenchido por indicação), mas sofreu forte resistência não só dos caciques políticos de Pernambuco da época, que alegavam que o mesmo estava ausente de Pernambuco há muitos anos e que assim desconhecia a realidade do Estado, como também dos próprios militares que o consideravam como de esquerda. Na época os governadores eram nomeados e Mário perdeu a indicação para Eraldo Gueiros.

 

Se muitos militares apenas o toleravam por classifica-lo de esquerdista, aqueles que sucederam o Governo Militar, revanchistas, o viam como um ex-ministro de Médici, e o taxavam de reacionário. Sem dúvida, isto é o que caracteriza o bom senso, o equilíbrio.

 

Inegavelmente Mário foi, antes de tudo, um nacionalista.

Em 1989, já aposentado do Itamarati, assumiu a presidência da Companhia de Hotéis Palace, proprietária do Copacabana Palace. 

 

É o patrono da cadeira de numero 50 da Associação Brasileira de Diplomatas (ABD). 

Avalizado pelo seu livro “Na Diplomacia, o traço todo da vida”, disputou a vaga de imortal na Academia Brasileira de Letras deixada por Roberto Campos mas antevendo uma derrota para Paulo Coelho, retirou seu nome. Paulo Coelho assumiu a vaga e posteriormente numa clara manifestação de desdém pela Academia, nunca compareceu a nenhuma de suas sessões.

 

Todos os que os conheceram, citavam como sendo suas características: carismático, inteligente, aristocrático e simples. Informo outra: extremamente católico. Quando ia a Recife, fazia questão de assistir as missas de domingo no Mosteiro de São Bento em Olinda.

 

Gustavo Gibson

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Mario Gibson Barboza com Benin, Rei de Abomei

 

MGB com o presidente do Senegal, Leopold Senghor

 

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Mário sendo recebido por parentes em Recife na casa de Newton Gibson

 

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Esta é a edição 212 da revista Veja, de 27 de setembro de 1972, que traz uma boa matéria sobre Mário e que está disponível no site:  veja.abril.com.br

 

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